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Comitê de defensores de direitos humanos repudia chacina na Vila Cruzeiro

Em nota, mais de 40 organizações criticam a política de segurança pública do estado

Operação policial no Complexo da Penha deixou mais de 20 mortos e seis feridos (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Operação policial no Complexo da Penha deixou mais de 20 mortos e seis feridos (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Na última quarta-feira (25), o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos publicou uma nota pública em que repudia a operação conjunta das polícias fluminenses na Vila Cruzeiro, que causou uma chacina com pelo menos 25 pessoas. A Conectas é membro do comitê. 

Na nota, o Comitê expõe seu repúdio à política de segurança pública do Rio de Janeiro que utiliza o argumento de guerra às drogas para justificar as operações policiais que acumulam mortes da população preta e periférica. 

“É inaceitável que em um regime democrático uma ação oficial do estado resulte em um número tão elevado de vítimas letais e tantas violações de direitos humanos, tanto contra a população moradora das favelas da Penha e do Alemão quanto das demais favelas da cidade do Rio de Janeiro”, afirma o documento. 

Leia mais: 

ADPF das Favelas

Citando a ADPF das Favelas, as entidades lembram da vigência da decisão do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu as operações policiais no estado do Rio de Janeiro durante a pandemia de covid-19, bem como a obrigação do Governo do Estado do Rio de Janeiro de levar a efeito medidas que reduzam a letalidade de suas forças policiais, também uma determinação explícita daquela Corte Constitucional. Chacina não é absoluta excepcionalidade.

Leia mais: 

O Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos

O CBDDH (Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos) é uma articulação composta por diversas organizações e movimentos da sociedade civil. Mais de 40 organizações compõem o CBDDH.


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