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05/04/2018

São Paulo recebe primeiro grupo de venezuelanos vindos de Roraima

 Refugiados venezuelanos embarcam em avião da Força Aérea Brasileira com destino a São Paulo e Cuiabá (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil) Refugiados venezuelanos embarcam em avião da Força Aérea Brasileira com destino a São Paulo e Cuiabá (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

A cidade de São Paulo recebeu, na tarde de hoje, 5/4, cerca de cem refugiados venezuelanos, transferidos de Roraima para a capital em um voo da FAB como parte do programa de interiorização do governo federal. Os migrantes e refugiados serão acolhidos na Missão Paz e em abrigos da prefeitura e governo do estado. Em resposta a Conectas após uso da Lei de Acesso a Informação, o Ministério da Defesa informou que a previsão é de que 18 mil venezuelanos sejam realocados para diversas cidades brasileiras.

A primeira transferência foi articulada pela Força Tarefa Humanitária, composta por membros das Forças Armadas, como parte da estratégia de interiorização dos migrantes. Essa foi uma das recomendações do CNDH (Conselho Nacional de Direitos Humanos), após missão realizada em janeiro deste ano. Conectas possui assento no CNDH e participou dessa missão.

O objetivo da ação de interiorização é, não só aliviar a sobrecarga de serviços e a concentração de migrantes nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, mas também promover uma acolhida mais digna e a integração dos refugiados venezuelanos à sociedade brasileira. “São Paulo já reúne expertise de acolhimento de migrantes especialmente por conta do contingente haitiano que chegou à cidade no início da década. Esperamos os venezuelanos encontrem na cidade a acolhida necessária e condições para promover a sua integração”, comenta Camila Asano, coordenadora de programas da Conectas.

Nesse primeiro momento, a capital paulista deve receber 300 venezuelanos que vivem, atualmente, em Roraima. Estima-se que mais de 50 mil refugiados já tenham cruzado a fronteira e cerca de 30 mil vivem no estado do Norte. “É importante dizer que as ações de ajuda humanitária que já estão em andamento em Roraima devem não só ser mantidas, como aprimoradas. É necessário oferecer condições dignas de abrigamento e sobrevivência”, complementa Asano.

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