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09/09/2020

As dificuldades dos refugiados no Brasil durante a pandemia

Informalidade e dificuldade de acesso à saúde e à língua elevam grau de risco a migrantes e refugiados



Em janeiro, o governo brasileiro reconheceu de uma só vez 17 mil venezuelanos como refugiados. De acordo com o Conare (Comitê Nacional para Refugiados), existem, no total, cerca de 45 mil refugiados no Brasil, destes, cerca de 38 mil são da Venezuela, o que faz com que o país tenha o maior número de pessoas do país vizinho em situação de refúgio.

Além deles, há sírios, congoleses e angolanos, em sua maioria. 

São cidadãos que abandonaram seus países de origem devido a conflitos armados, perseguições políticas ou religiosas, desastres ambientais ou crises econômicas. 

Por contarem, muitas vezes, com condições financeiras e de moradia precárias, documentação irregular e dificuldade de acesso ao serviço de saúde, os refugiados fazem parte de uma das populações mais vulneráveis à Covid-19. Não há dados oficiais de refugiados no Brasil infectados, mas o impacto é evidente, já que muitos também dependem do comércio informal para sobreviver, área fortemente afetada pela pandemia.

Ações promovidas por organizações do terceiro setor, como a arrecadação e doação de alimentos coordenada pela África do Coração, ajudam a minimizar os efeitos da crise sanitária. Além disso, o Acnur também promove ações que visam proteger os refugiados, como a construção de hospitais de campanha, distribuição de itens de emergência, auxílio financeiro emergencial e realocação para espaços seguros. 

Os apoios são uma forma de manter a dignidade que os refugiados nem sempre encontram em seus lugares de origem. Receber e acolher pessoas em situação de risco é uma forma de lembrá-las da sua humanidade para a construção de um futuro possível.

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