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27/05/2015

#QueroSaber

Ativistas de quatro países questionam chanceler Mauro Vieira sobre a política externa brasileira



Ativistas e especialistas do Brasil, Estados Unidos, Indonésia e Zimbábue endereçaram perguntas ao ministro Mauro Vieira sobre as posições do País diante de violações de direitos humanos. Espera-se que o chanceler, que será sabatinado na quinta-feira pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, possa respondê-las. As cinco perguntas foram enviadas à presidência da Comissão e ao gabinete do chanceler.

Haris Azhar, da organização indonésia KontraS, questionou Vieira sobre as recentes execuções de dois brasileiros em seu país. Marcos Archer e Rodrigo Goularte haviam sido condenados por tráfico de drogas. Durante a 28a sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o governo brasileiro teve a chance de elevar o tom contra a retomada das execuções pelo governo indonésio, mas preferiu fazer um discurso pouco incisivo.

Jamil Dakwar, da ACLU (American Civil Liberties Union), falou sobre as persistentes violações de direitos humanos no presídio americano de Guantánamo e perguntou se o Brasil pretende receber egressos, como fez o Uruguai. Durante a última passagem dos Estados Unidos pela Revisão Periódica Universal da ONU – um mecanismo para avaliar a situação de direitos humanos nos 193 países-membros –, 11 Estados recomendaram o fechamento da prisão.

Arthur Gwagwa, do Zimbabwe Human Rights NGO Forum, questionou a posição do Brasil diante de violações cometidas no Zimbábue. O Brasil, que possui uma embaixada na capital zimbabuense, deve usar esse canal privilegiado de diálogo com as autoridades desde país africano. Gwagwa também pediu esclarecimentos sobre o papel do Brasil no desenho da governança global da internet.

Laura Waisbich, assessora do programa de Política Externa da Conectas, perguntou a Vieira sobre a elaboração do Livro Branco – documento que norteará a ação internacional do Brasil. Waisbich quer saber se a população será consultada antes da publicação final do documento e quando o governo pretende concluir esse processo.

Os ativistas participam, em São Paulo, do XIV Colóquio Internacional de Direitos Humanos. O encontro reúne mais de 150 defensores, especialistas e acadêmicos de 40 países e tem, como tema central, a relação entre os direitos humanos e as ruas.

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