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05/06/2012

Click: ‘O Facebook e o Twitter foram importantes no Egito, mas a revolução deslanchou mesmo depois que a internet foi desligada’, Hossam Bahgat, ativista da Praça Tahir, parceiro da Conectas

Fenômeno da internet nas mobilizações sociais por direitos humanos é tema de evento promovido pela Conectas e a Livraria Cultura do Conjunto Nacional no dia 11 de junho



A Conectas e a Livraria Cultura promovem em São Paulo um grande debate sobre o papel da internet na luta pelos direitos humanos no mundo. No dia 11 de junho, o Teatro Eva Herz da Livraria Cultura no Conjunto Nacional (Avenida Paulista nº 2073) recebe, à partir das 19h, os debatedores Pedro Abramovay, representante da Avaaz, movimento que mobiliza quase 15 milhões de internautas ao redor do mundo, e Rodrigo Savazoni, um dos jornalistas criadores da Casa de Cultura Digital, para discutir o papel das redes sociais e das novas mídias no ativismo mundial para os direitos humanos. O debate será mediado pela atriz, cineasta e apresentadora Marina Person.
 Para saber mais sobre o impacto da internet ao redor do mundo, a Conectas recebeu no dia 8 de maio o ativista Hossam Bahgat, diretor da Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais, que tem mais de 30 mil seguidores no Twitter e foi um dos pontos focais da mídia ocidental durante a cobertura das manifestações na Praça Tahir, durante a Primavera Árabe. Bahgat gravou um depoimento para a Conectas, avaliando qual o real impacto das redes sociais na revolução egípcia.
Curiosamente, ele disse que a revolução deslanchou, de fato, depois que o governo cortou telefones e internet no país. “As pessoas não tinham o que fazer em casa e nos escritórios. Então, simplesmente saíram para as ruas”, disse Bahgat. “No início, a internet funcionou como uma grande praça virtual, onde as pessoas se encontravam e combinavam o que fazer. Não havia mobilização que, de alguma forma, não tivesse sido articulada com o uso da internet. Mas esse foi apenas um estágio da revolução.”
Ele diz que, hoje, a sociedade egípcia debate com profundidade temas complexos da política local e do futuro do país por meio das redes sociais. “As grandes emissoras locais até abrem espaço em horário nobre para debater direitos humanos, mas o debate que existe nas redes sociais é hoje muito mais profundo e qualificado que nos jornais tradicionais”, diz.

 

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