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03/06/2013

Brasil é um dos primeiros a assinar o Tratado sobre Comércio de Armas na ONU

Documento só entrará em vigor depois da ratificação de 50 países

Documento só entrará em vigor depois da ratificação de 50 países Documento só entrará em vigor depois da ratificação de 50 países

O Brasil tomou importante iniciativa nesta segunda-feira, 03 de junho, ao assinar na sede da ONU em Nova York, juntamente com outros 66 países, o Tratado sobre Comércio de Armas (ATT, na sigla em inglês). Representado pelo Embaixador Antônio Guerreiro, que foi chefe da delegação brasileira durante as negociações do ATT, o Brasil sinaliza de maneira inequívoca ao mundo que pretende tomar as medidas necessárias para que o comércio internacional de armas seja conduzido de maneira responsável.

O ATT, aprovado na Assembleia Geral em abril deste ano com o voto favorável de 154 países, será o primeiro instrumento jurídico internacional a regular o comércio de armas convencionais, de pistolas a mísseis, estabelecendo critérios para a exportação de armas e trazendo mais transparência às transferências. Espera-se que o Tratado possa coibir o comércio ilícito e prevenir o desvio de armas, que abastecem genocidas, terroristas e o crime organizado internacional. Nesse sentido, o Tratado poderá impactar na redução da violência do mundo e contribuir à garantia do respeito aos direitos humanos.

A posição do governo brasileiro encontrou respaldo na sociedade civil que, em carta enviada a cinco Ministros de Estado em 15 de maio, ressaltou a importância da adesão ao Tratado já no primeiro dia de abertura para assinatura na ONU. Da mesma forma, as organizações da sociedade civil abaixo assinadas defendem que o Executivo encaminhe sem demora o texto ao Congresso Nacional e estabeleça amplo diálogo com o Poder Legislativo e a sociedade brasileira, de modo que o Tratado seja ratificado o quanto antes e o Brasil venha a se tornar um dos primeiros países a adotá-lo, reforçando sua disposição de ser reconhecido como exportador de armas responsável.

Com a ampla adesão ao Tratado na data de hoje, a expectativa da sociedade civil é a de que o ATT entre em vigor em menos de dois anos. É importante ressaltar que o Tratado passa a vigorar 90 dias depois que o 50º Estado o ratificar. Desta forma, é fundamental que o Brasil exerça o seu papel de destaque e proeminência internacional para fazer gestões junto aos demais governos para que eles assinem e ratifiquem o Tratado o mais prontamente possível.

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