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24/02/2022

Ataque russo a Ucrânia deve gerar novo fluxo de refugiados

Europa deve mostrar solidariedade e acolhida a pessoas em fuga da guerra

Avião ucraniano é bombardeado. (Foto: Serviço de Emergência do Estado Ucraniano) Avião ucraniano é bombardeado. (Foto: Serviço de Emergência do Estado Ucraniano)

É com pesar e enorme preocupação que Conectas toma conhecimento do início da invasão militar russa na Ucrânia, nesta quinta-feira (24), no que está sendo chamado de uma das maiores ofensivas bélicas no leste europeu após a Segunda Guerra Mundial.  

Juntamo-nos aos pedidos de imediato cessar-fogo, proteção a vidas e instalações civis, e ressaltamos a necessidade de retomada dos esforços diplomáticos pelos canais multilaterais, evitando a escalada do conflito e os altos custos humano e econômico decorrentes.

Um dos impactos humanos mais imediato que deve ser observado com o estalar da guerra é o inevitável fluxo de famílias ucranianas em busca de refúgio em outros países, sobretudo na Europa. De acordo com o Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), já existem relatos de vítimas e pessoas que começam a fugir de suas casas.

Diferente do que ocorreu no passado, quando foi destino de pessoas que deixaram o conflito sírio em busca de proteção, a União Europeia deve observar o Direito Internacional Humanitário e os tratados internacionais em matéria de migração e refúgio e estar pronta para a acolhida deste contingente de pessoas de forma digna. 

Como atual membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil deve condenar os ataques e contribuir para o fortalecimento das discussões multilaterais. Tal postura torna-se ainda mais necessária após o ambíguo encontro de Jair Bolsonaro com o presidente russo Vladimir Putin, na semana passada, quando todos os alertas já indicavam para a iminência da guerra, conforme se confirmou no dia de hoje.

Não o fazer implica em relegar a diplomacia brasileira ao rebaixamento, com prejuízo a relações internacionais sólidas construídas durante décadas.

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