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13/07/2015

Segunda chance

Deputados podem barrar, amanhã, redução da maioridade aprovada em primeiro turno

Deputados podem barrar, amanhã, redução da maioridade aprovada em primeiro turno Deputados podem barrar, amanhã, redução da maioridade aprovada em primeiro turno

Na semana em que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) completa 25 anos, organizações e movimentos de direitos humanos somam esforços para tentar barrar, em segundo turno, a votação da emenda aglutinativa à proposta de emenda constitucional 171/1993, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. A PEC está na pauta de amanhã do plenário da Câmara. Se pelo menos 308 deputados votarem a favor do texto, a proposta segue para o Senado.

Na sexta-feira (10/7), 102 deputados de 14 partidos apresentaram mandado de segurança ao Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação do resultado do primeiro turno. A aprovação por 323 parlamentares aconteceu apenas um dia depois de a proposta ter sido barrada pelo mesmo plenário – o que violaria o artigo 60 da Constituição, que impede a discussão de uma matéria, ainda que em novo texto, na mesma sessão legislativa.

Ao assumir o caso, o ministro Celso de Mello alegou que não existe urgência para concessão de liminar, já que o presidente da Casa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou no processo que o segundo turno só aconteceria depois do recesso parlamentar, em agosto. Nesta segunda-feira (13/7), oito organizações da sociedade civil alertaram o STF para a iminência da votação. Em ofício direcionado ao presidente da Corte, o ministro Ricardo Lewandowski, as entidades afirmaram que o prazo regimental de cinco sessões entre os dois turnos já foi cumprido e que a votação pode ocorrer a qualquer momento – a pauta da sessão de amanhã já prevê a discussão da matéria.

Leia aqui a íntegra do documento.

As organizações também ressaltaram que a participação da sociedade no debate foi limitada nas duas votações anteriores, prejudicando o debate público e o processo democrático. “Não há prejuízo em conceder a liminar até a decisão de mérito que julgue a constitucionalidade do trâmite legislativo”, afirma o documento. “O prejuízo está, justamente, em permitir que uma proposta de emenda constitucional continue a tramitar em desconformidade com os próprios princípios constitucionais que regem o Estado Democrático de Direito.”

Veja a lista com a relação dos perfis de no Twitter de todos os deputados federais (que possuem conta na rede social) e exija que os parlamentares votem contra a redução da maioridade penal.

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