Conectas lançou hoje um hotsite completo com todas as ações em 2012 no campo dos direitos humanos. O Relatório Anual abarca as áreas de Política Externa, Justiça, Desenvolvimento e Direitos Humanos e Cooperação Sul-Sul, além de questões Institucionais.
“O ano de 2012 foi chave na área dos direitos humanos. Foi um período onde as disparidades entre as ambições do Brasil e a realidade no terreno se agudizaram, com a persistência das mazelas do sistema prisional e as violações de direitos humanos provocadas por grandes projetos de desenvolvimento”, exemplifica Lucia Nader, diretora executiva da Conectas. “Publicamos uma visão panorâmica abrangente e completa de todos os esforços empreendidos no Brasil e no mundo neste período, pelas lentes de uma organização que procura no dia a dia prevenir e reverter estas violações” completa Muriel Asseraf, coordenadora da área de Desenvolvimento Institucional da organização.
O trabalho pela erradicação da tortura no sistema prisional brasileiro é um dos temas centrais do relatório. “O Brasil possui hoje a quarta maior população carcerária do mundo e a terceira maior taxa de encarceramento. Desde 2005, a taxa de encarceramento aumentou 35% e o país conta com um contingente de mais de meio milhão de presos. Entre 2001 a 2012, a população carcerária do estado de São Paulo, onde se concentra 40% dos presos do país, dobrou. Desde sua fundação em 2001, Conectas busca desestabilizar práticas institucionais de violações sistemáticas de direitos humanos, expondo e buscando prevenir e remediar as violações que ocorrem no sistema. Infelizmente, o sistema prisional brasileiro ainda é um sistema meramente punitivo que não busca a ressocialização dos presos”, diz o texto.
As ações da Conectas, em parceria com organizações estrangeiras, e em favor das vítimas de violações em países como a Síria, o Irã e o Egito também ocupam um capítulo especial, assim como os problemas de direitos humanos existentes no Brasil e abordados em instâncias internacionais, como o Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, e regionais, como o Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
A política migratória brasileira, as violações de direitos humanos cometidas por grandes empreendimentos e grandes empresas, assim como as estratégias conjuntas de enfrentamento deste quadro estão agrupadas num capítulo inteiramente dedicado às contradições entre “desenvolvimento e direitos humanos”.
O Relatório Anual é também uma ferramenta de transparência ativa, por meio da qual a organização apresenta seus planos para o futuro, seus financiadores e suas contas auditadas e abertas ao público.
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