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21/03/2014

Retrocesso na Índia

Arvind Narrain comenta decisão da Suprema Corte sobre LGBT

Arvind Narrain comenta decisão da Suprema Corte sobre LGBT Arvind Narrain comenta decisão da Suprema Corte sobre LGBT

A recente decisão da corte suprema da Índia de manter a criminalização da homossexualidade no país foi alvo de críticas do advogado e ativista Arvind Narrain, fundador da organização Alternative Law Fórum. O caso mostra os desafios para a construção de um constitucionalismo transformador nos países emergentes – tema central de livro lançado no início do mês pela Pulp (Pretoria University Law Press).


Arvind Narrain on Transformative constitutionalism from Zeytoon Films on Vimeo.

O depoimento de Arvind, apresentado durante o lançamento do livro, em São Paulo, remonta o caso impetrado pela Fundação Naz pedindo a revogação da sessão 377 do Código Penal Indiano, que proíbe relacionamentos homossexuais.

Desde que foi aberto, em 2001, o caso não parou de receber apoios da sociedade civil indiana. A pressão surtiu efeito no judiciário e, em 2009, a Alta Corte de Déli emitiu sentença favorável à organização. À época, os juízes se apoiaram no conceito de moralidade constitucional e garantiram o direito à intimidade à comunidade LGBT.

Em fevereiro deste ano, a Corte Suprema indiana reverteu a sentença da Corte de Déli e manteve a proibição de relacionamentos homossexuais. Narrain qualificou a decisão como “um dia ruim para o direito e o amor “ (a bad day for law and love).

Leia aqui o artigo de Arvind Narrain sobre o caso da Fundação Naz.

Segundo o advogado, a manutenção da sessão 377 pela Suprema Corte Indiana mostra que a transformação através do constitucionalismo depende, em última instância, de quem vai interpretar a lei. Ele afirma também que a decisão destoa de avanços alcançados nessa área por países como Brasil e África do Sul.

Leia aqui artigo de Samuel Friedman e Thiago Amparo sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil no caso da união homoafetiva.

Leia aqui artigo de Jaco Barnard-Naudé sobre a decisão da Corte Suprema da África do Sul a respeito do mesmo tema.

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