Quase 50 organizações cobram posição pública de Dilma e Maria do Rosário sobre nomeação de Feliciano
Em nota, Conectas e parceiros lembram que, até agora, governo federal não disse nada
Um grupo de 47 organizações de direitos humanos, entre as quais, a Conectas, enviou hoje uma carta endereçada à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e à presidente Dilma Rousseff cobrando um posicionamento claro a respeito da nomeação do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Feliciano foi indicado por seu partido para o cargo e mantido nesta posição, apesar da ferrenha oposição de grupos de direitos humanos e de outros deputados hitoricamente envolvidos com a causa. O deputado, que é pastor evangélico, fez declarações homofóbicas e racistas em diversas ocasiões, o que, para Conectas, torna sua indicação para o cargo um erro grave.
“A Comissão é um importante mecanismo pela defesa e respeito incondicional aos direitos de minorias e grupos discriminados na sociedade. É difícil de acreditar que o novo presidente possa representar qualquer garantia de que isso vá realmente acontecer. Sua eleição foi um erro e esperávamos uma reação imediata de outros órgãos que lutam pelos direitos humanos”, disse Lucia Nader, diretora executiva da Conectas, logo após a nomeação de Feliciano, no dia 7 de março.
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