Após a série de assassinatos que ocorreu entre os dias 20 e 21/1 em Belém do Pará, organizações da sociedade civil exigiram uma investigação profunda e célere dos ataques registrados. Em apenas dois dias, 27 pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas em diferentes bairros da capital paraense.
Os atentados se iniciaram depois da morte do soldado Rafael da Silva, que integrava a Rotam (Ronda Tática Metropolitana) da Polícia Militar do Pará, durante uma troca de tiros no bairro da Cabanagem em Belém. O Centro de Perícias do Estado e a OAB-PA apontam para indícios de que as mortes registradas possam ser execuções e que tenham relação com a morte do policial.
As entidades afirmaram em carta dirigida ao governo estadual que “a ocorrência indiscriminada de mortes em série, com indícios de participação de agentes estaduais, representa uma ameaça à totalidade da sociedade paraense”. Elas acrescentaram ainda que “o governo federal deve, por sua vez, exigir o início de uma investigação independente e colaborar com o que for necessário”.
Outros assassinatos com características semelhantes ocorreram no final de 2014 e também tiveram início após a morte de um policial militar, o cabo Antônio Marcos Figueiredo. O episódio resultou na instalação da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa paraense, que concluiu a existência de grupos de extermínio em atividade no Estado.
Assinaram o documento a Conectas, o Instituto Sou da Paz, a Justiça Global, O Fórum Brasileiro de Segurança Público e o Instituto de Defensores de Direitos Humanos.
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