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30/01/2018

Organizações criticam princípios orientadores do Banco Mundial

Acordos feitos com a sociedade civil foram descumpridos pela instituição financeira



O Banco Mundial divulgou no fim de 2017 um esboço dos Princípios Orientadores para a Estrutura Social e Ambiental. Ao contrário do que foi assegurado em conversas anteriores com a sociedade civil, uma série de garantias foram deixadas de fora. Entidades do mundo todo fizeram um apelo para o documento seja submetido a uma revisão.

As organizações afirmam que os rascunhos não fazem referência a obrigações ligadas à garantia de direitos humanos ou órgãos de tratados. Para elas, as notas também não possuem linguagem esclarecedora e ainda introduzem novas ambiguidades.

O site do Banco afirma que os princípios servirão como um “recurso para ajudar a explicar os requisitos” e “fornecer exemplos úteis”. Porém, para as entidades, é difícil enxergar como o rascunho dos princípios pode contribuir para fortalecer os sistemas de devedores ou identificar claramente o que o Banco exige dos seus clientes.

De acordo com as organizações, os Princípios não contemplam as questões levantadas pela sociedade civil, ainda que o Banco Mundial tenha se comprometido a incluí-las. “Acreditamos que o esboço dos princípios orientadores deve ser substancialmente revisado para garantir que o quadro de proteção social e ambiental do Banco não seja substancialmente diluído”, afirmam.

O posicionamento foi enviado para a vice-presidente de políticas de operações e serviços de países, Manuela Ferro, e foi assinado pela Conectas, entre outras organizações.

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