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11/08/2020

ONGs pedem justiça para fotógrafo que perdeu visão durante protesto

O fotógrafo perdeu a visão após ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar

Policial atira contra manifestantes nas manifestações de junho de 2013 Policial atira contra manifestantes nas manifestações de junho de 2013

Diversas organizações de proteção aos direitos humanos, liberdade de expressão e de imprensa divulgam uma carta pública nesta terça-feira (11/08) pedindo que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) corrijam as injustiças no caso de Alex Silveira. O fotógrafo perdeu a visão após ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar enquanto trabalhava na cobertura de uma manifestação de professores em São Paulo em maio de 2000. 

Através de uma carta, organizações da sociedade civil ressaltaram a importância desse momento em que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgará o caso de Alex da Silveira, um fotógrafo atingido por bala de borracha pela polícia enquanto cobria uma manifestação em 2000, na Avenida Paulista, São Paulo. No ato,  Alex acabou cego do olho esquerdo e até hoje não foi indenizado.

O julgamento marcado para a próxima sexta-feira (14) é considerado relevante para as entidades pois pautará a responsabilidade do Estado pelo ferimento do fotógrafo. Segundo as organizações, os ministros da corte podem mudar prerrogativas de quando a polícia extrapola e reprime violentamente manifestantes e comunicadores. 

O caso de Alex já havia sido julgado, tendo sido concedida a indenização pelo TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Mas a decisão foi reformada, considerando que a culpa era exclusiva do fotógrafo, uma vez que teria “permanecido no local de tumulto”.

Em 18 de maio de 2000, enquanto cobria uma manifestação, Silveira foi atingido por uma bala de borracha no olho pela Polícia Militar de São Paulo. Para as organizações que assinam texto, apesar de mais de 20 anos depois, a retomada do caso pelo Supremo será um modo de impedir que agentes do Estado escapem impunemente.

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