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20/06/2019

Número de refugiados no mundo atinge 5º recorde consecutivo

Em 2018, foram cerca de 70 milhões de pessoas deslocadas; solicitações de refúgio ao Brasil é inferior a 1%



De acordo com dados do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) publicados nesta quarta-feira (19), cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixar seus lares, abandonando as cidades e até mesmo os países em que viviam para fugir de guerras, perseguições e outras formas de violência, em 2018.

O relatório Tendências Globais (ou Global Trends), lançado anualmente,  mostra que, em média, a cada dia do ano passado, 37 mil pessoas migraram, fugindo da violência e da intolerância.

Trata-se do quinto recorde consecutivo em número de refugiados por ano, superando em 2,9 milhões de pessoas do que em 2017. Desta vez, algumas das principais razões foram a crise na República Democrática do Congo, a guerra do Sudão do Sul e a saída de centenas de milhares de refugiados rohingya para Bangladesh a partir de Mianmar.

O relatório ainda aponta que a maioria dos refugiados vive em áreas urbanas (58%), não em campos ou áreas rurais, e que a população deslocada global é jovem – 53% são crianças, incluindo muitas que estão desacompanhadas ou separadas de suas famílias.

Brasil

Os dados de 2018 sobre número de solicitações de refúgio no país ainda não foram divulgados pelo Ministério da Justiça, porém, segundo informações do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), o Brasil recebeu, em 2017, 33.866 pedidos de refúgio. O número representa 0,05% da quantidade de pessoas deslocadas de maneira forçada no mundo naquele ano.

Deste total de solicitações, mais de 17 mil foram de cidadãos venezuelanos e cerca de 2 mil, de cubanos. Por ordem de sequência, haitianos (2.362), angolanos (2.036), chineses (1.462), senegaleses (1.221), sírios (823), nigerianos (549) e outras nacionalidades.

Nos últimos sete anos, o Brasil recebeu 126 mil pedidos de refúgio. Até o final de 2017, apenas 8% (10.145 mil) das solicitações foram atendidas.

Em 2017, reconhecimento foi concedido a 587 pessoas, sendo 310 sírios, 106 congoleses, 50 palestinos, 24 paquistaneses, 16 egípcios, oito iraquianos e de pessoas de várias outras nacionalidades.

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