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28/08/2020

Na ONU, entidades pedem investigações para apurar mortes na “Guerra às Drogas” das Filipinas

As entidades enfatizam a necessidade de serem realizadas investigações imparciais sobre recentes assassinatos ocorridos no país

Rodrigo Duterte Presidente das Filipinas participa de fórum de negócios no Lotte Hotel em Seul Rodrigo Duterte Presidente das Filipinas participa de fórum de negócios no Lotte Hotel em Seul

Em carta enviada à ONU, nesta quinta (27/08) cerca de 60 organizações de diversas partes do mundo expressaram preocupação sobre as violações de direitos humanos cometidas pelo governo das Filipinas no contexto da chamada “guerra às drogas”. 

O documento foi endereçada ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que realiza sua 45°sessão de debates entre 14 de setembro à 06 de outubro.

As entidades enfatizam a necessidade de serem realizadas investigações imparciais sobre recentes assassinatos ocorridos no país envolvendo  autoridades de segurança pública em operações de combate a traficantes de entorpecentes.

Desde que o atual presidente, Rodrigo Duterte, assumiu o cargo, em junho de 2016, a situação dos direitos humanos no arquipélago asiático sofreu um “declínio dramático”.

Segundo dados oficiais, 8.663 pessoas foram mortas no no contexto da guerra às drogas. No entanto, a Comissão de Direitos Humanos das Filipinas indica que o número é, pelo menos, três vezes maior.

A Comissão aponta que entre os mortos estão defensores dos direitos humanos e críticos do governo, ativistas, jornalistas, líderes religiosos, líderes sindicais, líderes indígenas e camponeses e indivíduos que são membros de grupos filiados à esquerda política e discordam da guerra antidrogas adotada por Duterte.

 

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