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30/09/2022

Escolher pela Defesa do Estado de Direito

Fazemos um chamado à população para que escolha candidaturas comprometidas com os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e do combate ao racismo estrutural

TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lacra sistemas eleitorais (Foto: José Cruz / Agência Brasil) TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lacra sistemas eleitorais (Foto: José Cruz / Agência Brasil)

Somos uma organização comprometida com a democracia. Assim, em um momento de crescente autoritarismo no mundo, fazemos um chamado à população para que exerça seu direito ao voto e escolha candidaturas comprometidas com os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e do combate ao racismo estrutural.

Somamo-nos às vozes que pedem um clima político pacífico para a realização da eleição, bem como para a transição de governo.

Nos últimos anos, vivemos ataques frequentes do Presidente aos outros poderes da República, em especial ao Judiciário. Órgãos de fiscalização, investigação e pesquisa, tais como o Inpe, o Ibama e a própria Polícia Federal, sofreram intervenção de modo não republicano.

A estrutura do Estado foi utilizada como máquina de desinformação, seja na promoção de medicamentos ineficazes contra a covid-19 ou mesmo para levantar suspeitas sobre iniciativas que sempre foram motivo de orgulho da população brasileira, como a urna eletrônica.

Nenhum centímetro de território indígena foi demarcado pelo Estado. A  violência contra populações tradicionais aumentou com o incentivo a atividades ilícitas e ausência de fiscalização e controle. As violações aos direitos das pessoas negras e periféricas se intensificaram, seja pelo incentivo à violência institucional ou pelo aparelhamento de instituições fundamentais para sua defesa, como a Fundação Palmares, responsável por difundir e preservar a cultura afro-brasileira.

O desmonte da política ambiental provocou desmatamento recorde na Amazônia e foi motivo de repulsa da comunidade internacional. Enquanto o Brasil perde investimentos, a imagem do país sai muito prejudicada por uma política externa retrógrada, aliada aos países mais conservadores do mundo no que se refere a direitos das mulheres e à população LGBTI.

Na ausência de informações oficiais e confiáveis, o jornalismo assumiu um papel essencial e foi duramente atacado. Numerosos foram os casos de jornalistas – mulheres em especial – que sofreram perseguição por autoridades. Pessoas que vocalizaram o dissenso, na academia e na defesa dos direitos humanos e ambientais, também sofreram assédio e cerceamento a sua atuação. 

Neste contexto, no domingo (2), a população tem o poder de demonstrar sua escolha pela defesa da democracia.

Independentemente do resultado do pleito eleitoral, Conectas seguirá atuando para efetivar e ampliar os direitos humanos e combater as desigualdades para construir uma sociedade justa, livre e democrática.

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