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20/07/2018

Em entrevista, especialista defende o autocuidado para defensoras como estratégia política



Quais os impactos físicos e psicológicos na vida das mulheres que trabalham defendendo direitos e combatendo injustiças?

De acordo com Ana María Hernandéz, fundadora do Consórcio para o Diálogo Parlamentar e a Equidade Oaxaca AC, no México, assim como as mulheres vítimas diretas da violência, as defensoras de direitos humanos também precisam ser observadas, já que estão igualmente em risco e sob desgaste crônico.

Para a especialista, as organizações e movimentos sociais devem estar atentas aos sintomas apresentados por suas profissionais, inclusive, reservando recursos voltados para o cuidado destas pessoas. Hernández classifica o autocuidado como uma estratégia política e defende que seja realizada a partir de uma perspectiva feminista e integral, que inclui um nível pessoal e coletivo, uma dimensão física, psicológica, mental, além do campo energético e espiritual.

“Trabalhar sob a perspectiva do autocuidado não só permite a sustentabilidade dos movimentos sociais, mas também constitui uma postura ético-política que envolve a análise das práticas de trabalho e das relações estabelecidas em nível pessoal e coletivo”, frisa.

Nesta entrevista para a Conectas, a mexicana apresenta sobre a importância do autocuidado para defensoras que estão cotidianamente em contato com depoimentos e testemunhos de violações de direitos humanos.

 

Confira também o artigo de Ana María Hernandéz em conjunto com Nallely Guadalupe com reflexões sobre a experiência da Iniciativa Mesoamericana de Defensoras de Direitos Humanos (IM-Defensoras) e do Consórcio para o Diálogo Parlamentar e a Equidade Oaxaca – como parte do Grupo Impulsor da IM-Defensoras – no trabalho sobre autocuidado que temos realizado desde 2010.

>>> Leia o artigo “O autocuidado como estratégia política”, na Revista Sur.

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