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19/06/2020

Personalidades pedem que Banco Mundial rejeite indicação de Weintraub

Carta enviada a embaixadas diz que o ex-ministro não tem qualificações éticas, profissionais e morais para ocupar o cargo

Headquarters of the World Bank in Washington D.C. Photo: reproduction
Headquarters of the World Bank in Washington D.C. Photo: reproduction

Uma carta assinada por cerca de 270 entidades da sociedade civil, empresários, figuras políticas, economistas, atores e atrizes e produtores culturais, além de movimentos ligados à educação, pede que o Banco Mundial rejeite a indicação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para a diretoria-executiva da instituição.

O texto foi encaminhado à diretoria-executiva do Banco Mundial, além das embaixadas dos oitos países que devem aprovar a nomeação do ex-ministro da Educação ao cargo. São eles: Colômbia, Equador, Trinidad e Tobago, Filipinas, Suriname, Haiti, República Dominicana e Panamá.

Na carta, os signatários afirmam que Weintraub não possui as “mínimas qualificações éticas, profissionais e morais para ocupar o posto na 15ª diretoria-executiva do Banco Mundial”.

A carta ainda chama a atenção dos embaixadores para o fato de que a nomeação do ex-ministro para esta posição “pode causar danos irreparáveis ao posicionamento de seus países no Banco Mundial”. Também atenta ao fato de que Weintraub não cumpre vários requisitos e princípios do Código de Conduta do Banco Mundial para membros do Conselho.

O documento pontua como o comportamento de Abraham Weintraub representa a “antítese de tudo o que o Banco Mundial procura representar em política de desenvolvimento e multilateralismo”:

  • Ideologia sobre política baseada em evidências
  • Fracas habilidades de gerenciamento
  • Falta de entendimento e capacidade de lidar com injustiças sociais e econômicas por meio de políticas públicas
  • Desrespeito aos valores do multilateralismo, como tolerância e respeito mútuo
  • Conduta incompatível com os padrões de integridade ética e profissional

A indicação de Weintraub pelo presidente Jair Bolsonaro para o posto de diretor-executivo da instituição financeira ocorreu ontem (18) após a demissão do ministro da pasta da Educação.

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