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24/02/2015

O papel dos bancos de financiamento

Evento discute dilemas envolvendo o respeito pelos direitos humanos em políticas de desenvolvimento



Por que é importante que instituições de financiamento, especialmente bancos de desenvolvimento multilaterais e nacionais, como o BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social), respeitem os direitos humanos em suas políticas e projetos?

A recente criação de dois novos bancos – o Banco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o AIIB (Asian Infrastructure Investment Bank) – tem gerado uma crescente discussão sobre financiamento do desenvolvimento e direitos humanos. Neste cenário, a Conectas, em parceria com a Escola de Direito de São Paulo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), realiza o evento “Desenvolvimento, Direitos Humanos e o papel dos Bancos Públicos”, a partir das 14h desta quinta-feira, 26/2, no Auditório da Direito SP (R. Rocha, 233 – Bela Vista).

Estarão presentes Mário Schapiro, professor da FGV Direito SP; Juana Kweitel e Caio Borges, respectivamente, diretora e advogado do projeto Empresas e Direitos Humanos da Conectas; Rodomarque Tavares, representante do Banco Central; Alexandre Raslan, promotor de Justiça do Ministério Público do Mato Grosso do Sul, e Carlos Thadeu, gerente técnico do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Durante o evento haverá a apresentação do estudo publicado pela Conectas em 2014 sobre as regras e padrões de transparência, prestação de contas à sociedade e mecanismos de avaliação de impactos socioambientais do BNDES, principal instituição de fomento ao desenvolvimento do país.

As inscrições são gratuitas mas estão limitadas ao número de vagas do auditório.

Clique aqui para realizar sua inscrição.

Desenvolvimento para as pessoas?

O estudo “Desenvolvimento para as pessoas? O financiamento do BNDES e os Direitos Humanos” mostra que o déficit de transparência de um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo  impede que as comunidades afetadas e a sociedade como um todo monitorem a eficácia dos instrumentos que a instituição de fomento afirma ter para evitar que seus recursos acabem financiando empreendimentos da iniciativa privada que violam os direitos humanos no Brasil e no exterior.

Além disso, foram identificadas fragilidades nas ferramentas de prevenção e mitigação de impactos socioambientais, assim como a ausência de diálogo direto com as comunidades e de um mecanismo para o recebimento de queixas e denúncias de violações de direitos humanos no âmbito dos projetos financiados.

As análises e recomendações da publicação basearam-se em pesquisas realizadas por meio de questionamentos diretos ao banco, análise de documentos oficiais, balanços financeiros, relatórios técnicos, decisões judiciais, pedidos baseados na Lei de Acesso à Informação, legislação brasileira e normas internacionais e entrevistas com atores direta e indiretamente ligados às ações do banco.

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