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29/03/2018

Crimes ambientais no Tribunal Penal Internacional

Especialistas analisam limites e oportunidades da nova política do TPI para responsabilização internacional de crimes ambientais

Sede do Tribuinal Penal Internacional, em Haia, na Holanda Sede do Tribuinal Penal Internacional, em Haia, na Holanda

Em setembro de 2016, o gabinete da promotoria do Tribunal Penal Internacional publicou um documento sobre a política de seleção e priorização de casos na corte. Segundo o documento, a promotoria levará em conta os impactos de determinado crime no momento de analisar a sua gravidade, incluindo impactos econômicos, sociais e ambientais. A política se insere em um contexto de intensos debates sobre a necessidade de mecanismos internacionais para o julgamento de crimes ambientais.

A nova política do TPI apresenta uma alternativa interessante para a responsabilização internacional de causadores de danos ambientais. Por outro lado, as regras de competência do tribunal limitam o seu escopo de atuação, sendo necessário pensar adiante sobre outros mecanismos internacionais de proteção do meio ambiente.

Nesse cenário, a Conectas convidou especialistas a oferecer sua análise sobre a difusão de informações a respeito dos limites e oportunidades que a nova política oferece a organizações da sociedade civil atuando na defesa do meio ambiente e de direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Os vídeos abaixo pretendem ser um ponto de partida para um debate profundo sobre a responsabilização internacional por impactos ambientais e fornecer subsídios para que organizações da sociedade civil avaliem estrategicamente a possibilidade de submissão de casos ambientais ao TPI.

Richard Rogers – Global Diligence

O advogado Richard Rogers, sócio na Global Diligence, compartilhou sua experiência levando casos ao TPI e tratou de alguns dos desafios que organizações podem encontrar ao tentar levar crimes ambientais à apreciação da corte. De acordo com o advogado, a nova política do gabinete da promotoria não altera a competência do TPI para tratar apenas de casos de genocídio, de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade. Portanto, o principal desafio é inserir os crimes contra o meio ambiente dentro de uma mencionadas categorias.

Charlie Holt – Greenpeace Internacional

Advogado do Greenpeace International,Charlie Holt responde a algumas perguntas sobre os avanços alcançados por meio da nova política e sobre o procedimento que organizações devem observar para levar um caso ao TPI.

SUR – Revista Internacional de Direitos Humanos

A ediçao 25 da Sur Revista Internacional de Direitos Humanos traz um dossiê com estudos de caso notáveis ​​e significativos que ilustram que a exploração de recursos naturais é uma das principais causas de diversas violações de direitos humanos. A apropriação ilegal de terras, a instabilidade, a exacerbação da pobreza, a destruição e poluição de terras essenciais à sobrevivência das comunidades indígenas e de outras comunidades e, nos piores casos, assassinatos e guerras, são muitas vezes os resultados diretos da extração de petróleo e minerais, de projetos de energia renovável, da exploração de madeireiras e da agricultura industrial:

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