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13/03/2025

Conectas alerta a ONU sobre letalidade policial e reforça importância da ADPF das Favelas

Organização ressalta à comunidade internacional o papel fundamental do STF no controle da atividade de agentes de segurança pública

Foto ONU / Jean Marc Ferré Foto ONU / Jean Marc Ferré

A Conectas denunciou, na quarta-feira (6), o aumento da letalidade policial no Brasil durante um pronunciamento no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Segundo a entidade, 6.121 pessoas foram mortas por ações da polícia em 2024, sendo a maioria delas negras.

“No último ano, policiais em São Paulo em serviço mataram 74,3% a mais do que em 2023. No Rio de Janeiro, a polícia matou, em média, duas pessoas por dia”, afirmou a organização.

ADPF das Favelas

A Conectas também alertou para os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), que tem exercido um papel fundamental no controle da violência institucional e na defesa dos Direitos Humanos. A organização mencionou o julgamento iminente da ADPF das Favelas, ação que estabelece mecanismos mínimos para controle da atividade policial, incluindo perícia e investigação independentes, uso contínuo de câmeras corporais por agentes e a formulação de um plano para redução da **letalidade policial**.

Diante do cenário de violência institucional, a entidade pediu apoio do Conselho para pressionar as autoridades brasileiras a implementar mecanismos de controle da atividade policial em conformidade com recomendações e decisões do Sistema Internacional de Direitos Humanos. Além disso, solicitou a condenação dos ataques à Suprema Corte.

A manifestação ocorre um ano após a organização denunciar, no mesmo fórum, a política de segurança pública do estado de São Paulo. “Nada mudou”, afirmou a entidade.

Assista ao discurso completo sobre a ADPF das Favelas e a letalidade policial no Brasil: 

 

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